Elaborando...

...Elaborando:

Meus escritos são como imagens de um caleidoscópio: pequenos fragmentos repetidos, ampliados e combinados para formar uma imagem, fechar uma gestalt.
Todos viram personagens, posso usar qualquer vivência, minha ou de outras pessoas, tudo o que me toca e pede algum sentido. Onde havia canutilhos e miçangas podemos ver flores, mandalas, imagens de abstrações variáveis.
Você pode estar refletido em algum, ou vários, momentos. Mas não se ache tanto nem tão pouco: não há lugares fixos, e você pode ser apenas dois canutilhos e uma miçanga, não a figura completa.
E por quê? Porque fechar gestalts é uma função básica do cérebro, porque escrever é um meio de elaborar vivências e transformá-las em algo que se pode ver sob várias perspectivas. Porque é meu modo de crescer, porque preciso ver algum sentido na vida. Ou simplesmente porque é possível passar horas apenas rodando um velho caleidoscópio.

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quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Fora do tom



Sempre que canto suas músicas fujo do tom
Parece tão desafinado o meu coração:
Bate fora de compasso
Vê que falta um pedaço
Falta amor nessa canção

Meu bem, sua música está fora do tom
Parece tão triste seu violão:
Não tem mais pra quem compor
Nem espera um novo amor
Canta só desilusão

Estou aprendendo a cantar no seu tom
Pra ver se espanto essa solidão
Ter você sempre ao meu lado
Com esse ar de apaixonado
Quero ser seu violão

Sempre que posso eu fujo do tom,
Parece tão livre meu coração
Mas é preso em seu abraço
Já não fujo e nem disfarço
Não resisto à paixão

Amor, sua música saiu do tom
Tenta escutar com o coração
Verá que faltam os sorrisos
Vê se entende o que digo:
Falta “eu” nessa canção...



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