Há uma estrada a minha frente
E eu não sei onde ela leva
Vejo apenas o caminho vazio e uma encruzilhada nos próximos metros
Vejo você de um dos lados
E tento me direcionar a esse caminho
Mas não consigo
Sou arrastada para outro lado
E por mais que tente, não há como mudar a direção
Por mais que ande
Não vou chegar onde você quer
Não, não é uma escolha,
É apenas uma despedida
Elaborando...
...Elaborando:
Meus escritos são como imagens de um caleidoscópio: pequenos fragmentos repetidos, ampliados e combinados para formar uma imagem, fechar uma gestalt.
Todos viram personagens, posso usar qualquer vivência, minha ou de outras pessoas, tudo o que me toca e pede algum sentido. Onde havia canutilhos e miçangas podemos ver flores, mandalas, imagens de abstrações variáveis.
Você pode estar refletido em algum, ou vários, momentos. Mas não se ache tanto nem tão pouco: não há lugares fixos, e você pode ser apenas dois canutilhos e uma miçanga, não a figura completa.
E por quê? Porque fechar gestalts é uma função básica do cérebro, porque escrever é um meio de elaborar vivências e transformá-las em algo que se pode ver sob várias perspectivas. Porque é meu modo de crescer, porque preciso ver algum sentido na vida. Ou simplesmente porque é possível passar horas apenas rodando um velho caleidoscópio.
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